quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

LOUIE BELLSON


É chato ter que escrever sobre o falecimento das pessoas; mas, o que fazer, né?
Todos nós estamos no mesmo caminho e ele, um dia, nos leva para onde mesmo?

Como aqui, no caso, se trata de um baterista, me senti na obrigação de registrar o fato - ainda mais, depois de convocado pelo "edú", em comentário do post anterior.

Eis que encontro, no meu acesso diário ao blog JAZZSEEN, essa postagem do mestre ROBERTO SCARDUA (que não conheço pessoalmente, mas através daquele blog) que nos dá a informação que reproduzo:

"Não parece razoável supor que viveu pouco Luigi Paulino Balassoni, vulgo Louie Bellson, que partiu daqui aos 84 anos. A celebridade veio ao ganhar um concurso promovido por Gene Krupa em 1940, o que lhe permitiu fosse contratado por Benny Goodman, antigo patrão de Krupa. A seguir veio a calmaria, trabalhando para gente como Tommy Dorsey, Harry James e, em 1951, Duke Ellington, onde sua metralhadora sonora substitui o velho estilingue de Sonny Greer. Ellington, que não era nenhum bobo, arrecadou uma boa dezena de composições de Bellson, como The Hawk Talks e Skin Deep, verdadeiras maratonas percussivas. É depois que se despede de Duke e começa a trabalhar em pequenos combos, como líder ou acompanhando Louis Armstrong, Benny Carter, Ella Fitzgerald, Oscar Peterson ou Art Tatum, que Louie mostra toda sua competência técnica e, quem diria, seu lado de discreto acompanhador em pequenas formações, confirmando que possuía muito mais que força nos punhos fortes. A partir da década de 1960 Louie dedica a maior parte de seu tempo acompanhando a esposa, Pearl Bailey, sem descuidar de gravações e apresentações esporádicas como líder ou sideman, voltando inclusive a trabalhar com os velhos amigos Dorsey, Ellington e James. Não bastasse ser um dos mais completos bateristas do jazz, Louie ainda encontrou tempo para compor música para balé e de concerto, inventou o kit de bateria com dois drum bass, além de mostrar-se um dos mais contagiantes músicos que o jazz já produziu em apresentações ao vivo. Fora dos palcos era calmo, boa gente, visitava orfanatos, oferecia shows gratuitos e promovia palestras para os jovens bateristas ávidos por ouvir o mestre. Até breve Louie!"

By Roberto Scardua às 23:45

Bem, além deste texto, há outras informações importantes acrescentadas pelos excelentes "comentaristas" do Jazzseen, sempre contribuindo com seus conhecimentos para o enriquecimento do nosso aprendizado.

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5 comentários:

Anônimo disse...

Belo texto Bob.Mas , seu Olney ,dá para explicar pros leigos como eu o efeito polirítmico do “two bass drums” ( uso de dois pedais) no conjunto da bateria.

figbatera disse...

Olha, edú, é claro que com dois pedais (não necessariamente com dois bumbos) pode-se aumentar, com mais variações, a quantidade de batidas e o efeito dos sons mais graves da bateria, principalmente durante os solos; mas confesso que nunca me utilizei nem estudei esse recurso e não me sinto capaz de maiores considerações a respeito.
Eu mal consigo tocar com um só pedal...

Lado Rock KG disse...

Meu Caro!
Realmente não fiquei a par do desencarne do Grande Louie Bellson, o inventor da utilização de dois pedais de bumbo.Todos os nossos grandes heróis devem um pouco a ele: Simon Phillips, Vinnie Collaiuta, Tulio de Piscoppo, Carl Palmer entre outros.
Muitas vibrações a este grande Italo-americano e sua nobre contribuição às Big Bands e ao Jazz mundial.

figbatera disse...

Valeu, Kadu, obrigado por sua visita.
Apareça sempre.

Andrea Nestrea disse...

rsrs, esse papo dos iniciados é um barato!!!
adoro!!!!!!!
bj