terça-feira, 31 de março de 2009

Vídeo com DAVE WECKL

Este vídeo não é novo e muitos já devem conhecer; mas eu o revi recentemente e resolvi colocá-lo aqui para deleite dos amigos, bateristas principalmente.
Já assisti, ao vivo, um show com o guitarrista Mike Stern no antigo Mistura Fina-Lagoa (Rio) em que o Dave Weckl estava na batera; ele é um dos grandes entre os modernos bateristas americanos, atuando com vários músicos, em variados estilos. Aprecio muito sua técnica e sua criatividade.


terça-feira, 24 de março de 2009

Enfim o jazz!



Depois de fazer um "city tour" pela manhã e almoçar muito bem no Restaurante "La Bisteca", fui tentar encontrar o jazz porteño para iniciar a minha programação noturna.
Orientado pelo leitor Edu (um grande conhecedor e "comentarista" em vários blogs de jazz) eu havia levado umas dicas que o excelente "Clube de Jazz" publicou há tempos sobre o assunto; algumas casas estavam fechadas, noutras o tipo de música não era bem o que eu queria e o meu tempo era pouco para explorar todos os locais prováveis.
Então, e lá não tem erro, fui direto para o Thelonius Club, que fica no bairro Palermo. E fiquei satisfeito: o show da noite de sexta-feira foi abrilhantado pelo trio do pianista NICOLAS GUERSCHBERG que, segundo informações do programa, integra também o sexteto de jazz "Escalandrum" e já realizou turnês pela Bélgica, Holanda, Espanha, Japão e até no Brasil.
Ele também fez orquestrações e arranjos para a adaptação do musical "Cabaret", atualmente em cartaz em Buenos Aires. Naquela noite ele apresentou os temas de seu próximo CD "Encuentro" junto com os músicos MARIANO SIVORI (contrabaixo) e DANIEL "pipi" PIAZZOOLLA (bateria).
Fiquei muito bem impressionado com a qualidade do som e das músicas, quase todas tocadas em compassos compostos ( 7/4, 9/8, etc.) . Depois do show ainda fui jantar num grande restaurante perto do hotel.
Nota: Eu fiquei tão distraído com a música e o ambiente que, acreditem, até me esqueci de fazer uma foto desse evento.

A manhã de sábado foi dedicada a um passeio e (poucas) compras na calle Florida - todo mundo vai lá, né? - e dali, fui direto para o "Caminito" ver/ouvir mais um pouco de tango & dança; adoro aquilo lá. Um ambiente descontraído, animado, com um grande movimento de turistas de todo canto, uma festa!
Passei lá quase toda a tarde, saboreando algumas "Quilmes" e um delicioso "pomo" (uma carne com menos gordura - acho que equivale ao nosso filé mingnon) e apreciando os diversos bailarinos que se revezam em apresentações de tango e de músicas folclóricas regionais. Uma maravilha!
À noite, já descansado, e pra não arriscar, lá fui de novo pro "Thelonius"; dessa vez, o show ficou a cargo do grupo de RICARDO CAVALI, saxofonista e compositor, acompanhado por MIGUEL TARCIA e MARCELO GUTFRAIND (guitarras), JERONIMO CARMONA (contrabaixo) e CARLOS BRANDON (bateria). Eles apresentaram as músicas originais do CD recém lançado "Trinidad", tocando com formações diferentes (ora em trio, ora em quarteto ou quinteto) explorando novas sonoridades do jazz contemporâneo.
O show estava também sendo filmado, o que atrasou e complicou um pouco a arrumação no palco no 1º set; na segunda parte, retirada a parafernália da gravação, a coisa ficou mais relax. Confesso que o estilo não é dos meus favoritos, mas os músicos são competentes e fizeram belos solos e improvisos.
Desta vez me lembrei de registrar os músicos em ação. (fotos acima)
Resumindo, foram duas ótimas noites em que conheci um pouco do jazz tocado na Argentina; tudo considerado, a primeira noite me agradou mais.

No domingo, só pra variar, liguei para o "Virasoro Bar", que também costuma programar shows de jazz de quarta a domingo; mas naquela noite não haveria música ao vivo. Que pena...
Ficou pra próxima vez. Mas eu já estava satisfeito pelo que consegui ver/ouvir no curto espaço de tempo de que dispunha.
Me despedi passeando no animado calçadão do Village Recoleta - aonde havia um jovem grupo de músicos tocando seus violinos - e sorvendo mais umas poucas cervejas argentinas. Fui dormir mais cedo, pois iriam me buscar no hotel antes da 7h para o meu voo de volta.

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E o jazz?

Noite do tango


Estou de volta e vou contar pros amigos os principais momentos do meu breve passeio à capital argentina.
A viagem foi ótima, o tempo estava firme e quente e pude aproveitar bem todos os eventos a que me propus.
Cheguei a Buenos Aires na quinta-feira (19) e a primeira noite, claro, foi para o tango. Conheci uma linda casa de shows chamada "Café de los Angelitos"; gente, foi o melhor show de tango (música e dança) que eu já vi, até agora. Não sei se pode ter melhores, acho difícil. Cenário, figurinos, luzes e som perfeitos.
São 22 artistas em cena: um sexteto de músicos, 2 cantores, um "quarteto de senhoritas" e cinco casais de dançarinos. Foi um show realmente espetacular.
O bufê também foi ótimo, com entrada, prato principal, sobremesa e bebidas (água, cerveja ou vinho) servidas à vontade. Me acabei...
Pena que não se podia fotografar durante o show; mas pra este texto não ficar sem nenhuma ilustração, coloquei esta foto do momento em que eu estava dando uma pequena demonstração de minhas habilidades lá no "Caminito"... Hehehe!

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domingo, 22 de março de 2009

Postagem portenha


Sim, estou escrevendo diretamente de Buenos Aires; um breve passeio pra reviver as boas lembrancas de um ano atrás e conhecer mais um pouco desta bela cidade.

Volto em breve e irei relatar o que pude ver e ouvir. Aqui eu não tive a oportunidade de tocar bateria nem de jogar sinuca, mas fiz boas caminhadas...

Agora vou sair pra saborear um bom chorizo e me despedir desta agradável capital.

- A foto é do famoso Obelisco na avenida "9 de julio"; eu a fiz de dentro de um taxi, no sábado pela manhã.

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Meu "podcast" - Uma linda música!


Estou inaugurando uma nova funcionalidade aqui no blog:
instalei - ali na barra à direita - o meu "podcast". Para essa estréia, escolhi a música YESTERDAY'S DREAMS de Don Sebesky, que desde a primeira vez que ouvi - faz muito tempo - eu gostei demais; ela consta do LP (vinil) "Cornucopia" do Dizzy Gillespie.
Aliás, aproveito para pedir ao Lester, no Jazzseen, ou ao Salsa - lá no Quintal do Jazz - que façam, se o julgarem merecedor, uma resenha sobre esse trombonista, compositor e arranjador DONALD J.SEBESKY.
Recorro aos amigos mais capacitados e mais bem informados, pois esta não é a finalidade deste bloguinho. Mas, por favor, não "colem" simplesmente sua biografia em inglês; os monoglotas, como eu, agradecem.
Dando uma pesquisada na web apurei que ele nasceu em 10.12.1937 em New Jersey e tem uma rica carreira musical, com grande número de composições para filmes, shows de TV, jingles comerciais, e também já participou como músico e arranjador em dezenas de trabalhos ao lado de "feras" como WES MONTGOMERY, GEORGE BENSON, CHET BAKER, QUINCY JONES, FREDDIE HUBBARD, DIZZY GILLESPIE e muitos outros.
Já teve também várias indicações para o Grammy Award e já "faturou" o prêmio algumas vezes. Entre suas composições, além da que vocês podem ouvir aqui, estão "The rite of spring", "I remember Bill", "Free as o bird", "Joyful Noise Suite", etc.
Maiores informações, só se (e quando) algum outro blog fizer a dita resenha...

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Como não tenho nenhuma outra versão da música em meus arquivos, cometi a ousadia de colocar esta singela gravação que fiz aqui em casa - em trio - em julho passado, durante uma das nossas agradáveis tertúlias semanais.

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sexta-feira, 6 de março de 2009

BARROSINHO, um trompete em silêncio


Conforme nota também divulgada no blog do CJUB-Clube de Jazz e Bossa, registro, com pesar, o recente falecimento do trompetista Barrosinho, ex-integrante da BANDA BLACK RIO, que fez um enorme sucesso no final da década de 70.
Eles tocavam uma fusão de samba/jazz/funk/soul e seus primeiros discos (78 rpm)foram "Maria Fumaça" e "Gafieira Universal".
A formação original da banda era: Oberdan Magalhães - saxes, Lúcio - trombone, J.Carlos BARROSO - trompete, Cristóvão Bastos(depois Jorjão) - teclados, Jamil Joanes(depois Valdecir Nei) - baixo, Luiz Carlos - bateria e Claudio Stevenson - guitarra.

A foto acima foi feita na noite em que o conheci pessoalmente, no Drink Café - Rio, após mais uma ótima noite de música instrumental promovida por aquele conhecido quiosque da Lagoa.

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Update - 15/03/2009

Incluí no "meu podcast" ao lado a faixa CIDADE DE PALHA do álbum "O Sopro do Espírito", gravado pelo saudoso Barrosinho & Banda Maracatamba.
É só clicar no link "Posts" e escolher a música que quer ouvir.

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Maria Alcina, cantora de Minas



Ela é minha conterrânea e com ela, na nossa juventude (ontem mesmo), eu disputava prêmios em programas do tipo "QUAL É A MÚSICA?" realizados em nossa cidade.
Participou, na região, de alguns festivais de música e logo se mandou pro Rio de Janeiro em busca de uma carreira artística.
Depois do retumbante sucesso com "Fio Maravilha" ainda tive a oportunidade de fazer alguns shows com ela, nas raras vezes em que se apresentou em nossa cidade.

Mas hoje quero apenas - e podem dizer que é "bairrismo" - transcrever aqui a notícia de lançamento de seu novo CD (fazia já algum tempo que ela não gravava), conforme divulgado no jornal O GLOBO de hoje:

"RIO - Em "Maria Alcina confete e serpentina" (Outros Discos), seu novo CD, a cantora resgata uma canção do repertório de Carmen Miranda para declarar: "Eu gosto muito de cachorro vagabundo/ Que anda sozinho no mundo sem coleira e sem patrão". De certa forma, pelos versos de Alberto Ribeiro, ela fala de si. Artista vira-lata no melhor sentido da expressão - desde o início da carreira, quando sua androgenia espalhafatosa estourou "Fio Maravilha" no Brasil inteiro -, agora ela se lança em outras liberdades de cão sem coleira. No álbum que acaba de lançar, ela se aproxima de uma nova geração de músicos. Um feliz casamento que vem se anunciando há seis anos.
- Em 2003, fui convidada para um festival que unia artistas jovens e veteranos. O (quarteto eletrônico) Bojo me chamou para dividir o palco com eles. Não conhecia seu trabalho, mas aceitei. Fiz certo. O show foi tão bom que quisemos continuar juntos – lembra a cantora.
No mesmo ano, juntos, eles lançaram "Agora", que preparava terreno para o atual trabalho. Desta vez, o Bojo é apenas um dos convidados - apesar de Mauricio Bussab, do grupo, ser o produtor do CD. Há outros nomes destacados da cena paulistana entre compositores e convidados, como Tatá Aeroplano (Cérebro Eletrônico e Jumbo Elektro), Alzira E, Felipe Julian (Axial), Moisés Santana, Roseli Martins e a banda Numismata. O alagoano Wado e o baiano Ronei Jorge completam o time.
Ao lado das canções recentes, a cantora e Bussab ("Ele foi fundamental, me apresentou esse universo", ressalta ela) escolheram músicas de artistas de gerações anteriores. Mas sem cair no óbvio. Alberto Ribeiro entra com "Cachorro vira-lata", que não está entre seus maiores sucessos. O mesmo acontece com Paulinho da Viola, lembrado com "Roendo as unhas". Tom Zé e Lô Borges colaboram com a recente e obscura parceria "Açúcar sugar". De hit, apenas "Eu quero é botar meu bloco na rua", mesmo assim de um "maldito", Sérgio Sampaio. Uma seleção vira-lata, enfim.
Nos arranjos, o disco reforça seu caráter contemporâneo e "impuro". A marchinha futurista "Espaço sideral" une efeitos "espaciais" e a Banda do Fumaça - grupo de trompete, trombone, caixa e bumba, desses que são vistos tocando na rua e em bailes carnavalescos. "Roendo as unhas" é construída com sons de brinquedos. "Das tripas coração" emula um trio elétrico vintage e moderno. O funk carioca é citado nos versos da tensa "Não para" ("Até o chão/ Elas estão descontroladas"). Timbres eletrônicos atravessam o CD, que soa como um projeto dos anos 2000:
As canções não são só as canções, isoladas. São elas e seu tempo, seu contexto. Um intérprete não pode ignorar isso.
"Essa garotada me fezvoltar às cores"
Maria Alcina, porém, não se anulou para seguir uma suposta cartilha de modernidade. Pelo contrário, como mostra em "O drama", de Ronei Jorge:
- Cheguei ao estúdio cantando roqueira, como no original. Depois percebi que seria diferente. Tenho a maturidade dos meus 37 anos de carreira, que somo a esse universo novo.

A canção que dá nome ao disco fecha o CD. Composta por Adalberto Rabelo Filho, do Numismata, ela tem versos como "Para acabar com toda falta de alegria/ Inocular uma nova epidemia". Palavras que falam de seu atual momento, como ela explica, brincando com a capa em preto-e-branco do disco.
- O disco é colorido. Essa garotada me fez voltar às cores, depois de um período mais cinza - diz, referindo-se ao tempo em que ficou sem gravar.
Diferentemente do cachorro da canção, a cantora no fim da história não vira sabão. O destino de ser confete e serpentina lhe é mais justo e coerente."


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segunda-feira, 2 de março de 2009

DEPOIS do CARNAVAL


Dizem que é agora que ano realmente começa.
Bem, pra mim, tudo apenas continua...
Trocam-se as datas, os registros, e o tempo - inexorável - nem dá confiança para os detalhes.
Acho que todo mundo deseja é ter saúde pra poder continuar fazendo aquilo que gosta, embora muitas vezes as pessoas precisem fazer coisas mesmo sem gostar.
Sinto-me feliz por não ser esse o meu caso, atualmente. Só ocorre raramente.
Claro que já aconteceu muito em épocas passadas, mas já (quase) me livrei desta dura realidade.

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Neste meu discreto cantinho eu quero apenas compartilhar com meus amigos os bons momentos em que eu pratico ou desfruto das atividades de que mais gosto.
Não faço poemas nem escrevo contos; não sou compositor nem pesquisador. Sou um simples amante da (que eu considero) BOA MÚSICA.
Então, não devo e nem quero fazer deste bloguinho uma espécie de "meu diário" - nada contra quem assim faz.
Aqui, as postagens se escasseiam enquanto eu me "alimento" das informações, das resenhas e dos ótimos comentários contidos nos meus blogs favoritos e naqueles que a gente vai descobrindo a cada dia.
Mas não me abandonem; quando houver "matéria-prima" pertinente, eu apareço.

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A foto acima, que não tem nada a ver com o texto, é minha pequena homenagem aos 444 anos da maravilhosa cidade.

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