terça-feira, 3 de agosto de 2010

Savassi Festival - parte 2

Como prometido, aí vão algumas fotos que fiz durante o festival em Belo Horizonte. Devido à distância e às condições de iluminação (e tb à falta de habilidade do fotógrafo) peço que perdoem a qualidade apenas sofrível das fotos.
A primeira é da noite de abertura - dia 28/07, que começou com a apresentação de LEONARDO CIOGLIA QUINTETO com o show "MÚSICA de MINEIROS" e com belas atuações do líder ao contrabaixo, John Ellis ao saxofone, Gabriel Grossi na gaita e Rafael Barata na bateria. Agradou!

Em seguida, foi a vez de VANA GIERIG Quarteto com a rica participação do grande músico PAQUITO D' RIVERA (sax e clarineta) . O pianista alemão radicado em New York montou seu grupo com Sean Conly ao contrabaixo, Marcello Pellitteri à bateria e Vicinius Barros na percussão. (na foto acima, o Vana "sumiu" no escuro).
Um belíssimo show, que arrancou aplausos entusiasmados da grande platéia.

No noite seguinte, não consegui assistir ao show programado para o Pátio Savassi; com entrada franca e espaço para poucas pessoas, o pequeno anfiteatro do shopping logo ficou lotado. Mas bem próximo, no Teatro Dom Silvério, com mais conforto e menos tumulto, apreciei o show do BENJAMIN TAUBKIN Trio (foto) , com Frederico Heliodoro (contrabaixo) e Antonio Loureiro (bateria). O pianista paulista nos apresentou temas próprios e dos jovens talentos que o acompanhavam, com espaço para que todos mostrassem serviço. No final, tivemos uma arrebatadora versão da música "Consolação" de Baden Powell, com um belo e diferente arranjo para aquela composição. Valeu!

A noite de sexta-feira começou bem, no Shopping 5a. Avenida, com o ótimo show de JIMMY DUCHOWNY BAND. Esse excelente batera norte-americano radicado há vários anos no Brasil, atuou acompanhado de VANA GIERIG (piano), Jefferson Lescowich (baixo) e Mark Lambert (guitarra/voz), contando ainda com a "canja" do baixista Sean Conly (não é o 007) que havia tocado no grupo do Vana com o Paquito. (Na foto abaixo, Jimmy, Jefferson e Vana).

Em seguida, fui o Museu de Artes e Ofícios, aonde presenciei a apresentação de FREDERICO HELIODORO QUINTETO. Um grupo formado só por jovens, mostrando uma nova geração de jazzistas. O baixista, que já havia tocado com o Benjamin Taubkin Trio, juntou-se a outros talentosos "garotos" e todos mostraram que sabem das coisas. Num concorrido show, desfilaram músicas próprias, com personalidade e criatividade. Destaquei entre eles, a presença do baterista Felipe Continentino, conterrâneo de Cataguases que, em pouco tempo morando em Bhte, já se integrou ao rico ambiente musical de nossa capital. (Infelizmente as fotos desse show ficaram muito escuras e não pude aproveitar).



No início da tarde de sábado - 31/07, dirigi-me novamente ao Shopping 5a. Avenida para acompanhar a apresentação da BIG BAND do Palácio das Artes. Sob a magnífica regência do Maestro Néstor Lombida (cubano radicado em BH) e formada por maioria de jovens músicos, a orquestra fez um show fenomenal, agitando a grande pláteia presente ao evento. Apresentaram vários standards do jazz com arranjos magistrais e o contagiante entusiasmo do Maestro.
Uma tarde maravilhosa! (foto acima)

À noite, passei no "Café com Letras" para ouvir GABRIEL GROSSI (gaita) acompanhado de Beto Lopes na guitarra, Enéias Xavier no baixo e Neném (bateria). A casa é simpática mas muito pequena pra esses eventos; pouco espaço pra muita gente querendo desfrutar do show. Fiquei de pé, num canto, apreciando a boa performance dos músicos, mas logo me cansei e fui procurar um outro local pra degustar umas cervejas, pq ninguém é de ferro, né?! Não deu pra fazer fotos, mas gostei do pouco que ouvi.


Enfim, chegou o domingo, que prometia inúmeros shows para o encerramento do festival nas ruas da Savassi.

Eram 5 (cinco) palcos montados em três ruas daquele charmoso bairro, apresentando vários grupos simultaneamente a partir das 14h, até às 21h30min. Difícil escolha, já que era impossível
estar "em todas".
Depois de umas voltas pela Feira e pelo Parque Municipal pela manhã, fui descansar um pouco no início da tarde e cheguei na área dos eventos já um pouco atrasado; perdi as primeiras apresentações. Mas comecei a minha maratona por volta das 15h e fiquei alternando entre os palcos pra ver/ouvir o que fosse possível.
Escolhi, por intuição, os nomes que ainda não conhecia ou os que eu queria mesmo ouvir. Assim, o primeiro foi o THOMAS ROTTER QUARTET, reunindo dois músicos alemães (o lider e o pianista Ull Moeck) e dois brasileiros, André "Limão" Queiroz na bateria e Cleber Alves (sax tenor e soprano) que, pra mim, foi o destaque do show. (Foto abaixo) .
Na foto acima, - desculpem a inversão - registrei o final do show de Enéias Xavier (baixo) e Vinicius Dorin (sax) com Írio Jr. ao piano, que foi (pra mim) o grande destaque desta apresentação, e com o Nenê na bateria.

Em seguida, em outro palco, foi a vez de CYNTHIA SCOTT (cantora) com o trio de Vana Gierig (ele de novo) no piano, Sean Conly ao baixo e Marcelo Pellitteri na bateria, os músicos que tocaram com Paquito D' Rivera. Bem, a Cynthia arrebatou o público com sua voz bonita e forte e uma simpatia cativante. Jazz e blues num lindo show, muito aplaudido, com direito a "bis".

Pra encerrar a noite, começando já por volta das 20h15min, veio o som da banda PARAPHERNÁLIA, do Rio de Janeiro, que trouxe como ilustre convidado o consagrado pianista/cantor/compositor/arranjador JOÃO DONATO.
Grupo composto por excelentes músicos, empolgou a platéia com um som (funk) avassalador. Até o Donato, que entrou depois de algumas músicas, teve que "entrar na onda" da rapaziada - ah, o Donatinho, seu filho, faz parte da banda. Pro meu gosto, o som estava meio forte demais (diferente de todos os outros shows) e já com 6 horas seguidas andando de um palco pra outro, me dei por satisfeito e saí antes do final. (Na foto a "linha de frente" do grupo).

Foi ótimo, maravilhoso e no ano que vem tem mais. Tomara!

*****

12 comentários:

Luciana disse...

Muito legal, papai... Isso que é curtir a vida com programa de 1ª!!! Você merece... beijos!!!

Sergio disse...

Altas fotos, hein, Fig. E agora começa um festivalzinho de jazz aqui no Rio...E q agora q me lembrei, acho q passa ou já passou por BH, tbm: o I Love Jazz. Aqui, acho q começa 6ª feira.

Enfim, suficiente, pelo tamnho dessa terra brasiles, nunca será. Mas até q estamos ficando bem servidos de Festivais do gênero.

Depis passarei aqui pra ler com calma.

Abraços!

Salsa disse...

Pô, fig,
fiquei babando. Infelizmente não pude ir.

Aluizio Amorim disse...

Salve, Fig!
Muito bom o post. Uma verdadeira reportagem do evento. Tive a melhor impressão de tudo que vc narrou. Tanto é que se no ano que vem tiver mais vou me programar para "atacar" em BH.
Cordial abraço do
aluízio Amorim

P.S.: tomando umas aulas com o mestre Cássio Moura, jazzista da guitarra aqui da Ilha. Quando tiver mais afiado vamos marcar um encontro para acertar um som especial com vc na batera, evidentemente.

pituco disse...

muito bom, fig san...

mas esse festival tá parecendo a internet...é tanta música que não sobra tempo pra se ouvir tudo...rs

abraçsons e obrigadão pelo relato bacanudo

figbatera disse...

Obrigado, amigos, pela visita e comentários.

Sim, Sérgio, o "I love Jazz" aconteceu tb em Bhte.
Salsa, vê se no próximo vc vai...Mas, antes, Ouro Preto nos espera, né?
Caro Aluizio, pode programar que vale a pena.
É isso, pituco, a gente não dá conta de tanta música!
Eh, trem bão, sô!!!

HotBeatJazz disse...

Meu caro Fig,

fiquei com água cheia de boca! Vou querer presenciar no ano que vem.

Abração

figbatera disse...

Isso mesmo, Mauro, não perca a próxima chance.
Vale a pena meeesmo!

Anônimo disse...

Valeu companheiro!
Adorei a reportagem...excelenteeeeeeeeeeeeee.
Música em nossa vida...sempre.
Show de bola.

Um grande abraço e fica com DEus.

Luciano Casado.

figbatera disse...

Obrigado, amigo nordestino, pela sua amável visita.

Érico Cordeiro disse...

Mestre Fig,
Também fiquei animado com a variedade de atrações e a qualidade do festival.
Tomara que no ano que vem eu possa ir a BH ver in loco essas feras todas!
E o Repórter Fig tá muito bem, tanto pelas ótimas fotos como pelo ótimo texto, que dá ao leitor a impressão de estar assistindo os shows.
Valeu!!!!

figbatera disse...

Isso mesmo, Érico, esse Festival em BH é um ótimo programa pra gente que gosta da boa música.
Agradeço sua visita.
Abração!