segunda-feira, 1 de março de 2010

OTÁVIO GARCIA



Quero apresentar-lhes (bem, os cariocas já devem conhecê-lo) um baterista que conheci numa de minhas viagens ao Rio e de quem me tornei amigo.
Trata-se de Otávio Garcia, um músico sensível, competente, dedicado, que "está em todas", tocando sempre na noite carioca, ora em trio (com Fernando Corona - piano e Jimmy Sta.Cruz - baixo) ora acompanhando outros instrumentistas e cantores.

Além de grande músico, demostrou-me ser uma pessoa leal, generosa, prestativa, sempre incentivando seus colegas. Será sempre um bom programa musical "farejar" por onde anda tocando este batera; garantia de bom-gosto e qualidade.

Fico feliz de desfrutar de sua amizade e poder dar (e receber) algumas "canjas" pra ele em eventos musicais no Rio.

*****

9 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Um nome para procurar, quando eu estiver no Rio - vem com o selo "Fig" de qualidade, então deve ser dos bons mesmo.
E o Jeff Hamilton é maravilhoso (tenho alguns dvd's da Diana Krall e ele manda muito bem mesmo - aliás, nesse trio do Ray Brown o mais besta voa com os pés e as mãos amarrados - rs, rs, rs).
Abração!

figbatera disse...

É isso, Érico, "trem bão é coisa boa..."

Sérgio disse...

Esse Rio é um ovo! Conheço o Otávio há séculos! Desde o tempo q ele tinha um estúdio no Jardim Botânico, ao lado de um famoso (na época) restaurante natureba, o Alfaces. Vi um monte de gente boa, tudo em começo de carreira ensaiando no estúdio do Otávio, entre os q me lembro, Ed Motta e Marina Lima... Bons tempos aqueles... E volta e meia cruzo com ele pelas esquinas do Leblon... Se encontrá-lo tentarei lembrar de comentar q nos conhecemos por aqui. Gente muito boa mesmo o Otávio! E ele tem um disco em trio q é muito bacana, já andei a fim de postar o álbum inclusive... A m.. é q agora não consigo lembrar o nome e aí... fui ver se achava rastros na Rede e vejo o don Oleari rasgando elogios ao Otávio tbm. Enfim, o álbum é daquela época do Estudio (anos 80) Eu tinha o LP q ele mesmo me deu, mas consegui encontrar e baixei o disco num blog. Hoje é uma raridade tão rara q se vacilar até o próprio Otávio pode não ter. Se eu me lembrar ou eu disponibilizo na Rede ou mando pra vc um link.

Abraços!
Sérgio sônico

figbatera disse...

Valeu, Sergio, que bom saber que vc o conhece (eu não disse?); ele é bem "enturmado" por aí.
Vamos ajudar a divulgar os trabalhos dele; ele merece!

Sergio disse...

Pô, Olnei, encontrar e acenar pro Otávio, já q estamos sempre com pressa sei lá do q, não é tão raro. Mas, certamente da próxima vez que o encontrar, comentarei sobre você e a nossa confraria jazzy aqui na rede, pra ver se de vez em quando ele freqüenta tbm. Quanto ao álbum do Otávio em trio, eu vou me esforçar em achá-lo no meu HD, cujo título, sem lembrar, fica impossível de achar – deves ter ao menos uma mínima idéia de quantas centenas de milhares de discos (virtuais) eu tenho...

Mas agora virou questão de honra, até, achá-lo. Quero saber a sua opinião - já na certeza q irás gostar.
Abraços.

Sergio disse...

Pronto! Eu te disse q era questão de honra, né? E veja pelos horários dos meus comentários q foi bem rápido.

O álbum se chama "Descendo a Rua" é de 1987, encontrei o blog de onde baixei, o link ainda está ativo e te digo. O disco é bem bom!

Agora quero saber o q achou.

Ó o link:

http://catador-mp3.blogspot.com/2008/05/descendo-rua-1987.html

figbatera disse...

Puxa, Sergio, vc é rápido no gatilho...
Vou lá ver/ouvir e depois comento contigo.
Obrigado!

figbatera disse...

O tal disco gravado pelo Otávio e sua turma em 1987 é muito bom mesmo!
Valeu, Sergio, pela informação, pela pesquisa e pelo link.
Abraço!

José Domingos Raffaelli disse...

Senhores,

Peço licença para inserir a resenha que redigi para o DVD "Villa-Lobos no Jazz", de Otavio Garcia:

O baterista Otavio Garcia idera seu pequeno conjunto no instigante e provocante DVD “VILLA-LOBOS IN JAZZ”, uma surpreendente e ousada abordagem da música de Villa-Lobos para o idioma do jazz. Todavia, não pensem que a empreitada desfigurou a música do imortal maestro. Ao contrário, deu-lhe nova direção musical sem perder suas características essenciais. A extensa e variada obra de Villa-Lobos inclui música erudita e popular, inclusive peças do folclore e cantigas de roda. O trabalho de Otavio Garcia e seus colaboradores é significativo, explorando novas avenidas sem desfigurar as composições do celebrado autor. Confesso jamais ter ouvido anteriormente algo parecido. Todas as interpreções são excelentes e a interação coletiva é notável em vários aspectos.

Otavio lidera Felipe Poli (guitarra), Fernando Corona (piano),Ozias Gonçalves (baixo) e Zé Neto (violão em “Descendo a Rua”. Aqui ouvimos “As Bachianas”, “Samba Lelê” a ”Ária da Quarta Corda”, de Bach, em sugestivo arranjo.

Além da atuação do conjunto, deve ser realçado o trabalho de Otavio Garcia na bateria, dando a seus acompanhamentos um apoio rítmico-melódico dos mais eficientes , especialmente com as vassourinhas. De certa forma, sua atuação emula o estilo de Denzil Best, baterista que nos anos 50 assentou um estilo de acompanhamento sutil, mas amplamente efetivo, que influenciou inúmeros bateristas. Sem dúvida alguma, podemos afirmar que Otavio é “o Denzil Best brasileiro”.

Pelo ineditismo do trabalho musical que fez de parte da obra de Villa-Lobos um trampolim audacioso para inseri-la num contexto de jazz. Os resultados foram auspiciosos, resultando num esplendido trabalho pioneiro, consciente e criativo.

Como quase sempre ocorre nessas ocasiões, possivelmente os eternos xenófobos de plantão certamente vociferarão sua ira em protestos contra a música deste DVD, mas sem qualquer êxito porque este conjunto marca indelevelmente esta realização corajosa, inédita e inventiva investigando por ângulos jamais abordados as multiplas possibilidades da música imortal de Villa-Lobos.

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Postado em: Raffaelli