domingo, 15 de junho de 2008

BIOGRAFIA MUSICAL - Uma estória de paixão pela música

Tocando no Restaurante AllegroMenino ainda, ouvia muito o rádio e já gostava de cantar nos programas de calouros da Rádio Cataguases; e vivia batucando com os dedos (e outros apetrechos) nos bancos e nas mesas.

A paixão pela música sempre esteve presente na vida deste baterista/cantor que, por contingências do destino, não estudou teoria musical e tornou-se um instrumentista autodidata. Seu primeiro contato com a bateria deu-se, já um pouco tarde, aos dezoito anos, quando tocava tarol no Tiro de Guerra e foi chamado para substituir o baterista Zé Adilson, no Conjunto Cataguases.

Seu “batismo” se deu em um grande baile realizado no Clube Social; corria o ano de 1961 e, desde então, com alguns interregnos, viveu ele a sua já longa estória de amor com o microfone, baquetas e tambores.

Tocou, em seguida, nos anos de 1964/67, nos conjuntos “Brasa”, “Samba Cinco”, ambos de Cataguases e “Sacha” (de Leopoldina).

Conjunto Spala, 1969Em fins de 1969, convidado por Ivan Barroso, lider e tecladista da banda, integrou-se ao Conjunto “Spala”, grupo formado em 1967 e, na época, já bem conhecido na região.

Lá atuou por oito anos, até final de 1977, quando o grupo se dispersou. Naquele período o “Spala” era muito requisitado para bailes e shows em várias cidades de MG, ES, RJ e SP; foram centenas de apresentações, com muito sucesso.

Além disso, tocou simultaneamente com o Quarteto Roda Viva nos anos de 1973/76. Durante todo esse percurso, teve a oportunidade de acompanhar vários artistas de prestígio na época, como Miltinho, Luciene Franco, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves Jr., Martinho da Vila, Jerry Adriani, Luis Airão e alguns outros.

Tudo isso, porém, impunha um certo sacrifício, pois assim como alguns dos outros músicos com quem tocava, Olney não era um “profissional”; ele trabalhava no Banco do Brasil onde começou em 1962 e só mesmo com muito idealismo e amor à arte, conseguiu conciliar as duas atividades durante cerca de 16 anos.

Tocando em casaHouve então, por circunstâncias várias, um longo interlúdio de quase 11 anos (de 1978/1988) em sua trajetória musical.

Mas em junho de 1988 começou tudo de novo; em memoráveis noites no Restaurante Taramela, em Cataguases, Olney & amigos criaram a badalada “Segunda sem Lei” que animou aquela casa durante mais de um ano, para deleite de todos que curtem a boa música.

Lá tocavam Aloísio Condé (piano), Zi (baixo), Edinho (guitarra/voz) e Olney (bateria/voz) - que fundaram pouco depois o grupo “Arte Final” - além de Reinaldo Cruz (trompete), Morel (saxofone) e de vários outros músicos que apareciam para apreciar e dar uma “canja”.

Em princípio de 1990, Olney se aposentou do banco e, aí sim, pôde se dedicar um pouco mais ao seu hobby preferido.

Foi quando, após já tocar por tanto tempo por pura intuição, ele teve a oportunidade de freqüentar algumas aulas com o mestre Paschoal Meirelles no Rio de Janeiro e praticar os exercícios para o desenvolvimento de técnicas adequadas à execução do instrumento. Restaurante Capitão Gancho, Cabo Frio.

Durante os anos de 1991/1992 ele e o guitarrista/cantor Edinho, tocaram também com a Banda "BH-2000" de Belo Horizonte.

No início de 1993 a banda Arte Final se dividiu e, com nova formação – Zi, Olney, Maria Juliana (teclado), Ivan Barroso (acordeon) e Maria Júlia (vocal) – o grupo lançou-se, em 09 de junho daquele ano, com um belo show no hoje extinto Restaurante Taramela e, daí, foram mais vários anos de exitosas apresentações.

Além de arrastar um grande público semanalmente à Churrascaria Caruso e de abrilhantar muitas festas na cidade, o grupo atuou em shows em outras localidades como Vitória-ES, Cabo Frio-RJ, Volta Redonda-RJ, Belo Horizonte-MG e Campos-RJ.

Ensaio do espetáculo Dentro e Fora da Melodia do poeta Ronaldo WerneckEm dezembro de 2001 e novembro de 2002, Olney participou dos shows para gravação e lançamento de CD “Dentro e Fora da Melodia”, projeto do poeta Ronaldo Werneck com apoio do Centro Cultural Ormeo Junqueira Botelho, de Cataguases.

Atualmente, apesar de pouco requisitado para atuações externas, o grupo agora denominado "Banda Pearls" continua se reunindo habitualmente para agradáveis tertúlias musicais, em casa, para deleite próprio e de amigos mais chegados, que desfrutam das maravilhosas canções que compõem um repertório de alto nível e executadas com enlevo e paixão pelos músicos. Esse grupo se dá ao "luxo" de ter dois contrabaixistas - que se revezam nos ensaios e eventuais apresentações: o experiente ZI (Alfredo), fiel companheiro de longos anos, e o vibrante Leo Pontes, amigo mais recente, que emprestam todo seu entusiasmo e competência na "fabricação" do nosso som.

Dando uma canja na baterio no Rio de JaneiroParalelamente, Olney participa ainda, em trio, com Edinho Gonçalves (violão/voz) e Zi /Leo (baixo) de apresentações em bares, clubes e festas que também requeiram um repertório de inquestionável qualidade.

Em suas recentes e constantes viagens ao Rio, tem tido a oportunidade de dar algumas "canjas" com diversos dos melhores músicos da noite carioca em casas como o Mistura Fina e o Drink Café (na Lagoa), a Modern Sound (em Copacabana), o Restaurante Victória (no Jockey Club) no bar do Hotel Sheraton e no Armazém Digital (Leblon).

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